Moçambique no Global DPI Summit 2025 na Cidade do Cabo
Uma delegação composta por 11 quadros moçambicanos, representando o Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos (MJCT), o Ministério das Comunicações e Transformação Digital, (MCTD), o Instituto Nacional das Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC), o Centro de Desenvolvimento de Sistemas de Informação de Finanças (CEDSIF), o Instituto Nacional de Governo Electrónico (INAGE) e o Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), participa de 4 e 6 de Novembro de 2025 no Global Digital Public Infrastructure (DPI) Summit 2025, realizado no Cape Town International Convention Centre (CTICC), na Cidade do Cabo, África do Sul.
Sob o lema “DPI in Practice: Implementing Tomorrow’s Digital Society Today”, o encontro reuniu líderes, decisores, inovadores e organizações de mais de 100 países, com o objetivo de transformar o diálogo global em medidas concretas sobre identidade digital, pagamentos interoperáveis e plataformas seguras de partilha de dados.
A participação moçambicana teve como principal propósito absorver experiências práticas, estabelecer parcerias estratégicas e identificar modelos de implementação de infra-estruturas digitais públicas (DPI) que sejam inclusivas, seguras e escaláveis. Entre os temas prioritários estiveram as aplicações de inteligência artificial (IA) e os mecanismos criptográficos de confiança, como a Infra-estrutura de Chave Pública (PKI).
Os representantes nacionais participaram em painéis, workshops e sessões técnicas, onde trocaram experiências com países que já implementaram soluções avançadas de identidade digital e pagamentos, bem como com especialistas em IA aplicada a serviços públicos.
Durante o evento, foram apresentadas iniciativas que conectam inovadores locais a recursos, dados localizados e parcerias técnicas, fundamentais para desenvolver soluções de IA responsáveis que respondam a necessidades nacionais, como saúde, agricultura e serviços públicos digitais. A governação de dados, a avaliação de riscos de modelos de IA e os mecanismos de auditoria estiveram entre os tópicos mais relevantes para definir padrões e políticas nacionais.
Os encontros sobre PKI ofereceram orientações práticas sobre design de infra-estruturas de chave pública, modelos de certificação e boas práticas de gestão de chaves e certificados, elementos essenciais para garantir autenticidade, integridade e não repúdio em serviços digitais governamentais, incluindo assinaturas electrónicas, carimbos de tempo, autenticação de máquinas e comunicações seguras.
Para Moçambique, fortalecer a PKI nacional representa um passo estratégico para aumentar a confiança entre cidadãos, empresas e governo, servindo também como pilar técnico para a segurança de soluções baseadas em IA.
A delegação regressa com um plano de acção pré-elaborado, que inclui contactos técnicos, propostas de cooperação internacional e recomendações práticas para adaptar os componentes de DPI ao contexto moçambicano.
Entre as prioridades destacaram-se: interoperabilidade entre sistemas, requisitos mínimos de segurança, formação técnica especializada e fases-piloto para validar soluções de IA e PKI em ambiente controlado.
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