Realizada a primeira reunião técnica para a Elaboração da Proposta da Estratégia Nacional de Inteligência Artificial
Realizou-se no passado dia 19 de Setembro de 2025, a primeira reunião com vista a Elaboração da Estratégia Nacional da Inteligência Artificial.
O encontro dirigido pelo Presidente do Conselho da Administração do Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC, IP), Prof. Doutor. Eng.° Lourino Chemane contou com a participação de organizações relevantes neste processo, nomeadamente a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Consultores contrados pela UNESCO para a elaboração da estratégia.
O objectivo principal da reunião era de apresentação dos consultores contratados pela UNESCO e alinhamento das próximas actividades enquanto se aguarda pela designação dos membros do Grupo de Trabalho Multissectorial e Multidisciplinar para a elaboração da Estratégia Nacional de Inteligência Artificial.
Lourino Chemane, dentre vários assuntos, abordou sobre os diversos instrumentos legais e regulamentares existentes no país e em elaboração que deverão servir de suporte para consolidação da estratégia.
O académico Dércio Tsandzana, consultor nacional contratado pela UNESCO, avançou com a ideia de que o desenvolvimento desta estratégia vai seguir uma abordagem participativa e interactiva baseada em evidências e ancorada nos princípios das ciências sociais e desenho de políticas éticas.
Importa destacar que a estratégia vai ser concebida por um grupo de trabalho multissectorial e multidisciplinar constituído por quadros e especialistas de varías entidades públicas e privadas, academia e sociedade civil, por forma a se garantir uma representação inclusiva.
O desenho da metodologia e cronograma de actividades terá início com consultas junto dos principais intervenientes de modo a adaptar-se o roteiro estratégico e identificar áreas de intervenção. O pilar central da metodologia será a realização de consultas públicas e oficinas participativas a nível provincial e sectorial, servindo como plataformas de escuta, espaço de capacitação e de educação sobre Inteligência Artificial.
A proposta da estratégia nacional da Inteligência Artificial vai olhar com especial atenção a aspectos relativos à diversidade linguística, geográfica, de gênero e geracional, garantindo o envolvimento de milhares de jovens e pessoas com deficiência.
Virginia Dignum, consultora internacional contratada pela UNESCO para apoiar o processo, destacou a importância de uma estratégia nacional de Inteligência Artificial para o desenvolvimento do país. Ela entende que este instrumento pode impulsionar a inovação, competitividade, desenvolvimento económico, melhoria da qualidade de vida, educação e capacitação.
Dignum mencionou ainda que esta “estratégia vai permitir a inovação e a competitividade em sectores como a indústria, agricultura, dentre outros e contribuir para o crescimento económico, criando novos empregos e aumentar a produtividade”.
A aprovação da Estratégia Nacional de Inteligência Artificial Moçambique pode aproveitar as oportunidades oferecidas pela tecnologia para impulsionar o desenvolvimento socio-económico do país em vários sectores.


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