A apresentação do livro foi feita pelo Prof. Doutor José Castiano, académico e pesquisador na área de Tecnologias de Informação e Comunicação.

Castiano referiu na sua introdução, que o livro é escrito por um colectivo de autores e aborda diversas matérias sobre o estado da arte da IA no Mundo e em Moçambique, seu impacto na área política, social e no mercado de trabalho.

José Castiano disse que à Sociedade de Infocracia aos poucos vai pondo em perigo as democracias. Definio que as Infocracias são formas de domínio na qual a informação e o seu processamento por meio de algoritmos e de inteligência artificial determinam de um modo decisivo os processos sociais, económicos e políticos nas nações do mundo hoje. “Não se exploram corpos e nem energias, mas informação e dados”, diz-nos o filósofo sulcoreano-alemão Byung Chul-Han no seu livro Infocracia e a Crise da Democracia.

A posse dos dados serve hoje para vigiar, controlar o outro e sobretudo ajudar a tomar decisões estratégicas sobre os recursos humanos e naturais.

Segundo o Professor Moçambique está em penúltimo lugar (177) no Mundo, antes apenas da República do Congo. Nos PALOPs é o último, mesmo abaixo da Guiné-Bissau.

“Temos que apostar na Formação de Jovens para melhorar e expandir a conectividade, mas sobretudo passarmos da colónia de dados para produtores de dados, segundo a classificação de Harari no seu livro NEXUS”. disse Jose.

Frisou ainda que o Estado deve, para além e melhorar e expandir a conectividade, sobretudo defender o cidadão do tormento de dados.