Nas Jornadas Nacionais de Saúde 2025: INTIC destaca papel da Inteligência Artificial na Saúde
O Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC), Lourino Chemane, participou nesta Sexta-feira, 3 de Outubro de 2025, nas Jornadas Nacionais de Saúde, realizadas no Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo. O evento, promovido pelo Ministério da Saúde através do Instituto Nacional de Saúde (INS), decorre sob o lema “Promovendo a resiliência do sistema nacional de saúde com base em evidências científicas”.
Durante a sua intervenção na Plenária 3, dedicada ao tema “Uso da Inteligência Artificial na Saúde: Riscos, Oportunidades e Aplicações”, o Prof. Chemane destacou o papel cada vez mais relevante da Inteligência Artificial (IA) como uma ferramenta estratégica para o fortalecimento do sistema de saúde em Moçambique, tendo sublinhado que a IA está a transformar todos os sectores da sociedade e que, na saúde, já se evidencia como uma realidade prática, contribuindo para diagnósticos mais precisos, tratamentos mais eficazes e uma maior eficiência nos serviços prestados.
Chemane reforçou o compromisso do Governo de Moçambique com a transformação digital, referindo que o país tem vindo a aprovar políticas, estratégias, leis e regulamentos com vista à integração das Tecnologias de Informação e Comunicação nas áreas prioritárias do desenvolvimento, entre as quais se destaca a saúde. Segundo o PCA do INTIC, “o uso da IA neste sector está em plena sintonia com a Política e Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, aprovada pela Resolução n.º 39/2024, que promove a inovação, o desenvolvimento tecnológico responsável e a utilização ética da inteligência artificial”.
Ao abordar as potencialidades da IA na área da saúde, Lourino Chemane destacou aplicações concretas em diversas frentes, incluindo a promoção de estilos de vida saudáveis, prevenção de doenças através de campanhas digitais, monitoria comunitária com suporte tecnológico, melhoria de diagnósticos, expansão da telemedicina, integração de sistemas clínicos, gestão logística de medicamentos e insumos, rastreabilidade de vacinas, análise de imagens médicas com elevada precisão, personalização de tratamentos com base em dados genéticos e clínicos, automação de processos administrativos e aceleração na descoberta de novos medicamentos.

Apesar das oportunidades, Chemane alertou para os desafios associados à adopção da IA, nomeadamente os riscos éticos, a necessidade de regulamentação e a capacitação local. Destacou que a IA não substitui os profissionais de saúde, mas actua como uma “Inteligência Aumentada”, permitindo que médicos e enfermeiros se concentrem no atendimento humanizado, enquanto a tecnologia apoia a análise de dados complexos.
No encerramento da sua intervenção, o PCA do INTIC enfatizou a importância de uma acção coordenada entre o Governo, o sector privado, a academia e a sociedade civil para garantir um desenvolvimento tecnológico sustentável.
“A IA está a ser posicionada como um instrumento estratégico em sectores-chave como saúde, educação, agricultura, indústria, turismo, segurança pública e cibersegurança”, disse.
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