Instituições de Ensino Superior em Moçambique devem introduzir cursos relativos ao desenvolvimento das TIC, adequados à realidade moçambicana

Instituições de Ensino Superior em Moçambique devem introduzir cursos relativos ao desenvolvimento das TIC, adequados à realidade moçambicana

O Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC), IP participou da 2ª Conferência Internacional da UNISCED que teve lugar nos dias 08 e 09 de Julho de 2024, no Golden Peacock Resort Hotel, na Cidade da Beira, Província de Sofala, sob o lema: “Desafios do Ensino Superior no Século XXI.” O objectivo desta conferência era reunir académicos e investigadores para partilharem conhecimento, de forma a contribuir para um ensino superior de qualidade no Século XXI, em Moçambique, na Era Digital.

O PCA do INTIC, Professor Lourino Chemane, foi convidado como orador principal do Painel 4 sobre Tecnologias Educativas e Recursos Educacionais Abertos, no qual abordou matérias ligadas ao desenvolvimento científico e tecnológico, inovação, segurança e regulamentação da prestação de serviços digitais na educação em geral, no ensino superior e na investigação científica, em particular. Estiveram. O encontro contou a presença de autoridades governamentais, académicos, pesquisadores e outros intervenientes.

Lourino Chemane disse na ocasião que a academia é um actor integrante na Política e Estratégia Nacional de Segurança Cibernética (PENSC), frisando que “as Instituições de Ensino Superior são chamadas a introduzir cursos de especialização em segurança cibernética, promovendo pesquisa para soluções inovadoras em matéria de segurança cibernética. A integração das TIC nas escolas e academias deve ser feita em paralelo com a inclusão nos currículos de todos os níveis de ensino das disciplinas associadas a esta matéria. A academia deve ser estimulada a criar cursos, a níveis superiores e técnico-profissionais, sobre o desenvolvimento das TIC e produção de conteúdos digitais e interactivos, adequados à realidade moçambicana”.

Chemane disse ainda que “a partilha e transferência de conhecimento são componentes importantes para promover o desenvolvimento do país, através da análise e réplica de casos de sucesso e na identificação de oportunidades para o crescimento da comunidade académica e empresarial. O desenvolvimento da Sociedade da Informação só é possível com a existência de recursos humanos capacitados e qualificados para responder aos desafios da massificação das TIC”.

Num outro desenvolvimento, Chemane destacou Política de Ciência, Tecnologia e Inovação assente em 6 pilares que reflectem os resultados sobre os pontos fortes, fracos, as oportunidades e ameaças do sector de Ciência, Tecnologia e Inovação, assim como os desafios actuais dos avanços científicos e tecnológicos. “As instituições de Ensino Superior devem caminhar em direcção aos 6 pilares da Política de Ciência, Tecnologia e Inovação que tem como visão fazer de Moçambique um país desenvolvido e sustentável, com uma economia baseada no conhecimento, impulsionado pela inovação e o uso massivo de tecnologias de ponta e emergentes, nas actividades económicas e sociais, na era digital. “ A academia deve caminhar em direcção aos 6 pilares que sustentam a Política e Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, nomeadamente: Fortalecimento do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; Fortalecimento da Aptidão para Utilizar Tecnologias de Ponta e Emergentes; Promoção da Ciência, Tecnologia e Inovação para a Transformação Digital da Sociedade; Fortalecimento do Ecossistema de Inovação; Fortalecimento do Capital Humano e Promoção de Parcerias Internacionais em CTI”, disse.

Importa destacar que esta política tem como missão garantir a excelência em Ciência, Tecnologia e Inovação, como catalisadores fundamentais para um país competitivo, rumo ao desenvolvimento sustentável, assente na promoção da transformação digital, para a modernização da economia e da sociedade e tem ainda como objectivo geral fortalecer o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) através do desenvolvimento e promoção da Ciência, Tecnologia e Inovação em Moçambique, de modo a impulsionar o crescimento econômico, a sustentabilidade, bem como o bem-estar social, a estabilidade e a competitividade do país na era digital.

Doutor Chemane terminou a apresentação desafiando as instituições do ensino superior representadas naquela conferência a introduzirem cursos de graduação e pós-graduação e de especialização em matérias ligadas a Segurança Cibernética, Direito Informático, Certificação Digital e Inteligência Artificial, como forma de contribuir para um futuro digital mais seguro em Moçambique. “Além disso, encorajamos as universidades a estabelecerem laboratórios de Análise Forense, Certificação Digital e Inteligência Artificial, a financiarem a componente de infra-estruturas de Segurança Cibernética a estabelecerem entidades especializadas em matérias de crimes cibernéticos, Certificação Digital e Inteligência Artificial para responder aos desafios impostos pelo avanço tecnológico no país”, disse. 

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