O terceiro e último dia do Workshop de Governação de Dados na Era Digital – África Lusófona, realizado em 10 de Dezembro de 2025, teve como foco o tema “Caixa de Ferramentas de Governação de Dados: Navegando pelos Dados na Era Digital”. O evento teve como objectivo facilitar a implementação prática do Caminho de Governação de Dados da SADA e da Caixa de Ferramentas de Governação de Dados, desenvolvidos pelo Grupo de Trabalho da Comissão de Banda Larga, co-liderado pela UNESCO, União Africana, UIT, PNUD e Smart África.

Durante a sessão, foram apresentados os principais insights da auto-avaliação do kit de ferramentas, bem como abordagens, desafios e oportunidades de colaboração. Discutiram-se temas como o fortalecimento das bases de dados para viabilizar sistemas de IA seguros, justos e responsáveis; as perspectivas da UIT sobre estratégias digitais nacionais; a prontidão para adopção de IA; os padrões globais de governação de dados; e a apresentação de planos de acção preliminares e compromissos partilhados para o desenvolvimento contínuo de capacidades.

A sessão contou com facilitação da UNESCO, Smart África, CETIC, e dos professores Virgínia Dignum e Frank Dignum, que apresentaram os desafios prioritários, abordaram a governação de dados para IA, a governação de dados em ação, bem como o plano de acção conjunto lusófono e a criação de uma comunidade de prática.

Os participantes ressaltaram a necessidade de fortalecer a governação de dados e definir estratégias claras; aumentar a compreensão e desenvolver políticas e plataformas para a construção de infra-estruturas digitais; promover a literacia digital e capacitar funcionários; harmonizar normas e políticas de protecção de dados;

Os facilitadores reforçaram que a governação de dados deve abordar cada etapa do ciclo de vida dos dados com mecanismos apropriados; o envolvimento interinstitucional e multissectorial, entre outras.

No fim foram apresentadas várias recomendações fundamentais para o fortalecimento da governação de dados nos PALOP. Entre elas garantir a integridade e segurança dos dados, promovendo mecanismos robustos de protecção e controle; reforçar as capacidades institucionais em diversos sectores.

Em representação do Administrador do Pelouro Técnico Operacional, Eugénio Macumbe sublinhou que os instrumentos orientadores em elaboração, demonstram o compromisso firme de Moçambique com um futuro digital seguro e inclusivo.