O segundo debate com uma duração de 50 minutos, teve como objectivo discutir o papel da lingua portuguesa no espaço digital global, os obstáculos à sua integração nas tecnologias emergentes e as oportunidades de expansão por meio da criação de conteúdos, ferramentas digitais e políticas linguísticas inovadoras.

Esta sessão teve como moderador Rafael Envagelista, e participaram neste painel três oradores nomeadamente: Gildo Macie da Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique, Gilvan Muller Oliveira, da Universidade Federal Santa Catarina do Brasil e Zenaida Évora Tavares, da Universidade de Santiago de Cabo Verde

Durante o debate foram reflectidos os desafios éticos, regulatórios e institucionais relacionados à adopção da inteligência artificial e a necessidade de estruturas de governaçao apropriadas ao contexto social e técnico dos países de língua portuguesa.

Zeinada Tavares na sua apresentação, abordou sobre os desafios da diversidade linguística e uso das tecnologias. Disse que um dos desafios da diversidade linguística no uso das tecnologias é a literacia digital, segurança e ética digital e as oportunidades de expansão da Língua Portuguesa nos países da CPLP.

“Inclusão linguística significa especialmente sua participação no sistema de cross-translatability apoiado pela inteligência artificial” afirmou o paneilista Gilvan Müller.

Macie frisou que a ausência de instrumentos linguísticos robustos em variedades africanas do português em línguas locais de Moçambique limita o desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial, criando um défice de integração nas tecnologias emergentes.