Workshop sobre Governação de Dados fortalece estratégias nos PALOP

Workshop sobre Governação de Dados fortalece estratégias nos PALOP

O segundo dia do workshop de Governação de Dados na Era Digital, África Lusófona, realizado em 09 de Dezembro de 2025, focou no tema “Caixa de Ferramentas de Governação de Dados: Navegando na Era Digital”. O evento teve como objectivo transformar as ambições políticas em estratégias nacionais concretas e resultados efectivos para os países africanos de língua portuguesa.

Durante a sessão, foram aprofundados as papéis institucionais, mandatos e mecanismos de coordenação essenciais à governação de dados, por meio de exercícios práticos de auto-avaliação e mapeamento (RACI). Os facilitadores, da UNESCO e do CETIC, apresentaram etapas do ciclo de vida dos dados, meios de governação, riscos associados e salvaguardas, incluindo um exercício prático para o mapeamento do ciclo.

Discursou-se sobre a integração do kit de ferramentas com experiências de parceiros, priorização nacional, implementação regulatória, fiscalização e cooperação lusófona. Os participantes destacaram a importância de mecanismos que assegurem a confiança dos utilizadores e segurança no uso da internet, bem como a responsabilidade dos provedores em garantir privacidade e tratamento seguro de dados.

Outro ponto forte foi a necessidade de maior alinhamento e colaboração entre instituições públicas para fortalecer a governação dos dados. No debate sobre stakeholders, foi enfatizada a identificação colectiva dos actores do ecossistema, divididos em Governo, Sector Privado, Sociedade Civil e Academia.

Os facilitadores reforçaram a importância de licença estratégica forte, clareza nas funções, responsabilização, com estruturas formais para a gestão de dados, como gestores principais, comités interagências e plataformas compartilhadas. Ressaltaram ainda o papel multissectorial para legitimar e fortalecer a confiança pública.

Por fim, foi lançada a edição em português da “Caixa de Ferramentas de Governação de Dados: Navegando na Era Digital”, ampliando o acesso e reforçando a apropriação institucional e boas práticas nos países lusófonos africanos.

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