No âmbito de combate a crimes cibernético que tendem a se proliferar nos últimos dias a WhatsApp, lançou, segunda-feira passada, o Chat lock (Trancar conversa), nova funcionalidade de privacidade e proteção de dados pessoais, como forma de dificultar acções criminosas que atentam para a segurança cibernética dos cidadãos e das instituições.
Com Chat lock vai ser possível retirar uma conversa da caixa de entrada, colocando-a numa pasta oculta à qual só é dado acesso com a palavra-passe do dispositivo ou dados biométricos, como a impressão digital. A ferramenta permite também ocultar notificações de um determinado contacto ou grupo.
Esta funcionalidade será importante para pessoas que por vezes partilham os seus telemóveis com terceiros, facto que muita das vezes concorre para invasão da privacidade, uso indevido de informações alheias, roubo de dados pessoais, dentre outros crimes cibernéticos que podem culminar com crimes como chantagens, extorsões sexuais, ameaças e bulling.
Informações compiladas pelo Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação, INTIC, IP dão conta de que nos últimos anos estes crimes são responsáveis por vários problemas socias como suicídio, depressão, perturbações emocionais e psíquicas, dentre outras.
Como forma de reduzir actos criminosos, o WhatsApp promete ainda adicionar mais opções a esta funcionalidade, como o bloqueio em dispositivos extra e uma palavra-passe personalizada, diferente da que usa para desbloquear o telemóvel.
Esta acção visa responder as exigências de normas internacionais, tratados e convenções que visam combater o uso das TIC para fins criminosos amplamente ratificados e consagrados nas constituições dos países membros. A nível nacional existem esforços do Governo para mitigar os efeitos destes crimes. o INTIC,IP, no seu papel de Regulador do Sector das TIC, está a elaborar a Proposta da Lei de Segurança Cibernética, a Proposta da Lei de Protecção de Dados Pessoais, participa também na elaboração do Tratado das Nações Unidas sobre Crimes Cibernéticos e tem planificado a elaboração da Proposta de Lei de Cibercrimes, a Lei de Direitos Autorais, a Ratificação da Convenção de Budapeste e entre outros instrumentos normativos que ajudarão a actualizar e a proteger os cidadãos no ciberespaço.
Comments are closed here.