Lourino Chemane participa do painel sobre Promoção da Implementação de Controles de Privacidade nas Instituições Moçambicanas”

Lourino Chemane participa do painel sobre Promoção da Implementação de Controles de Privacidade nas Instituições Moçambicanas”

O Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC) participou, no dia 09 de Outubro de 2025, da 2.ª Edição da Conferência Anual de Compliance promovida pela Vodacom Moçambique, que teve lugar no Otia Hotel, em Maputo. O evento reuniu diversos parceiros institucionais e empresariais comprometidos com a promoção e o fortalecimento da cultura de conformidade (compliance) no país.

O INTIC esteve representado pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA), Eng. Lourino Chemane, que integrou o painel subordinado ao tema “Privacidade e Transformação Digital: Desafios e Perspectivas na Era da Inteligência Artificial”.
Na sua intervenção, o Eng. Chemane apresentou o tema “Promoção da Implementação de Controles de Privacidade nas Instituições Moçambicanas”, destacando a importância da protecção de dados pessoais como um pilar essencial para a garantia da privacidade e da dignidade humana.

O dirigente sublinhou que, em Moçambique, a utilização de meios informáticos para o registo e tratamento de dados relacionados com convicções políticas, filosóficas, religiosas, filiação partidária ou sindical, bem como aspectos da vida privada, é expressamente proibida pelo Artigo 71 da Constituição da República. Acrescentou ainda que o direito à privacidade, previsto no artigo 41 da Constituição e reforçado pelo artigo 80 do Código Civil, assegura ao cidadão o controlo sobre o que, como, quando e com quem partilha as suas informações pessoais, sendo dever de todas as instituições garantir esse direito.

Chemane recordou também que, de acordo com a Lei das Transacções Electrónicas (LTE), o Artigo 63 determina que qualquer recolha, processamento ou divulgação eletrónica de dados pessoais deve ser precisa, completa e actualizada, sem prejuízo da sua confidencialidade. Os objectivos da recolha e a identidade do processador devem ser definidos antes do tratamento, e o uso dos dados deve estar limitado aos fins previamente especificados.

Durante a sua intervenção, o PCA do INTIC referiu que o cumprimento da Lei de Protecção de Dados exige a preparação de diversos procedimentos e documentos, nomeadamente: Controles organizacionais, que incluem políticas e registos demonstrativos de boas práticas, Desenvolvimento de políticas internas, ajustadas à realidade de cada instituição, Processos e controlos de segurança da informação, Boas práticas organizacionais que assegurem a conformidade com normas reconhecidas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados.

O INTIC reafirma, com a sua participação neste evento, o compromisso de continuar a promover a cultura de privacidade, segurança e protecção de dados pessoais em Moçambique, fortalecendo a confiança digital e incentivando práticas responsáveis no uso das tecnologias de informação e comunicação.

O painel, moderado pelo Dr. Gil Cambule, da Cambule e Américo Sociedade de Advogados, reuniu destacados especialistas e profissionais da área de tecnologias e direito digital. Para além de Lourino Chemane, o painel esteve composto por Wilson Chimundo, da Movitel e a  Iolanda Macamo,do IGCMZ, que abordaram temas relevantes relacionados à governação digital, segurança cibernética e protecção de dados.

Acompanharam Lourino Chemane, Eugénio Macumbe, Director da Divisão de Governação Digital, e  Eugénio Jeremias, Dircetor da Divisão de Segurança Cibernética e Protecção de Dados.

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