Maputo, 3/11/2021 – O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Prof. Doutor Daniel Daniel Nivagara, classificou o Fórum de Governação da Internet “mais um espaço para debate inclusivo direcionado”, que abarcará outros saberes pelo facto de a Internet ser o motor da convergência tecnológica
Nivagara falava na cerimonia de abertura do I Fórum de Governação da Internet em Moçambique, que arrancou esta quarta-feira em Maputo com uma audiência que chegou ao pico de 200 pessoas, entre participantes presenciais e virtuais.
O Fórum é um evento programado para ser anual e conta para a agenda regional e global da União Africana e Nações Unidas, a decorrer em finais de Novembro e princípios de Dezembro, respectivamente, na qual Moçambique pretende integrar a partir deste ano.
No seu discurso, o governante moçambicano deu as suas espectativas em relação ao evento, afirmando que gostaria que os debates e reflexões fossem sistematizados de modo a responderem às principais preocupações do país em matéria de governação e desenvolvimento da Internet.
O ministro reafirmou o compromisso do Governo com a governação e economia digital, que se traduz no conjunto de politicas, estratégias e dispositivos normativos que foi aprovando ao longo das ultimas décadas para organizar e impulsionar o sector das TIC.
“É por isso que o nosso Governo mobiliza esforços para a promoção do acesso e uso seguro das TIC, desenvolvimento de aplicações para a melhoria de prestação de serviços públicos ao cidadão, incluindo o reforço de medidas de segurança dos sistemas do Estado e dos órgãos de soberania”, disse.
Como parte desses esforços, o ministro citou o crédito recentemente concedido pelo Banco Mundial, de 150 milhões de dólares norte-americanos, para a promoção dos serviços digitais no sector público, incluindo nas áreas da saúde e educação, sendo 50 milhões de dólares para o sector privado.
O ministro citou alguns dados estatísticos para fundamentar a evolução digital em Moçambique, nomeadamente a penetração da banda larga e dos serviços móveis.
Baixos custos da Internet móvel quando comparados com a média subsaariana, 1,97 dólares norte-americanos por gigabyte e a penetração de 46 por cento na população, 40,3 por cento de empresas com presença na Internet e 15 por cento de pessoas maiores de 15 anos envolvidas em compras online, são alguns exemplos citados pelo governante.
“Trouxemos estes dados porque ajudam a reflectir sobre a importância de começarmos a encarar a revolução digital com muita responsabilidade e sob diferentes perspectivas, nomeadamente a económica, a jurídica, a social, a cultural e a política”, concluiu.
O ministro esteve ladeado pela Secretaria Permanente, Eng. Nilsa Miquidade, e pelo PCA do INTIC, instituição promotora do evento, Prof. Doutor Eng. Lourino Chemane, a quem coube a vénia introdutória.
O programa comporta cerca de 50 oradores e moderadores que vão conduzir o debate dos temas do evento, que cobrem as áreas de conectividade, infraestruturas, acesso, conteúdos, serviços, comercio, finanças, segurança e regulamentação.
Neste primeiro dia, foram discutidos os temas de conectividade, acesso, infraestrutura e computação em nuvem, com participação de oradores nacionais e estrangeiros, nomeadamente do Botswana, da Itália e dos Estados Unidos.
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